François Morin: Uma viagem musical entre continentes e emoções

 

Nascido em 1984, François Morin desenvolveu desde muito cedo a paixão pela música, começando a tocar bateria e piano aos 5 anos. Após uma rigorosa formação no Conservatório de Auxerre, onde obteve o Diploma de Estudos Musicais (DEM) em jazz e bateria, aperfeiçoou os seus conhecimentos na escola Dante Agostini, obtendo o Diploma Superior com honras como orador da turma. A sua carreira deslanchou em 2008 quando venceu o prestigiado concurso internacional de bateria da Percussive Arts Society (PAS), que o impulsionou aos palcos de festivais emblemáticos como Jazz in Marciac, Jazz à Juan-les-Pins, NattJazz Festival entre outros. bem como numerosos passeios pelo continente africano .

 

Em 2010, François mudou-se para o Brasil, onde morou por oito anos e mergulhou em total imersão musical. Lá produziu seu primeiro álbum, Naissance, uma obra intimista composta principalmente por peças originais. Este álbum distingue-se por uma abordagem inovadora, utilizando a voz como um verdadeiro instrumento ao serviço de texturas sonoras únicas. Entre suas colaborações notáveis está Ivan Lins, que empresta sua voz à peça Lua Soberana. Em 2017, François fortaleceu seu vínculo musical com o Brasil ao coproduzir Araporã, álbum em duo com o pianista e compositor André Mehmari, elogiado pela sensibilidade e elegância.

 

De volta à França, François lançou seu segundo álbum como líder em 2019, Particules. Este ambicioso projeto reúne artistas internacionais como David Linx, Olivier Ker Ourio, Neymar Dias e Stéphane Chausse. Através de uma mistura inteligente de composições originais e covers revisitados, Particules encarna a sua busca permanente pela inovação e o seu amor pelos encontros musicais. O álbum, produzido pelas gravadoras japonesas Inpartmaint Inc. e Bar Buenos Aires, ilustra sua capacidade de ultrapassar os limites do jazz.

Músico requisitado, François colabora com artistas de renome e actua nos palcos mais prestigiados do mundo, incluindo o de Ronnie Scott em Londres, o North Sea Jazz Festival, o Bimhuis em Amesterdão, e digressões no Japão e na Coreia do Sul. A sua forma de tocar, marcada pela versatilidade técnica e rara sensibilidade artística, permite-lhe explorar constantemente novas dimensões sonoras.

 

2025 marca uma nova virada para François com um novo projeto que será lançado como parte do Ano do Brasil na França. Em colaboração com André Mehmari, Olivier Ker Ourio (gaita) e Bruno Rousselet (contrabaixo), este novo álbum promete combinar composições originais e pesquisa sonora, numa abordagem que corporiza a sua incansável busca por emoções musicais autênticas.